A Cadeia de Suprimentos (Supply Chain) é a área de grande foco das grandes empresas atualmente.
Como estudioso e profissional da área fiz algumas pesquisas e quero compartilhar com os colegas.
Gosto de pensar na Cadeia de Suprimentos como uma rede interligada de negócios, que vai desde a compra e armazenamento da matéria-prima até o produto final no ponto de consumo:
Vejamos algumas das etapas:
- Identificação de fornecedores de matéria-prima;
- Negociação e Compra/Aquisição de matéria-prima;
- Fabricação do produto;
- Previsão, planejamento entre oferta e demanda;
- Armazenagem do produto;
- Entrega do produto;
- Feedback do cliente para melhoria todo o processo.
Neste longo caminho que vai desde Comprar, Armazenar, Transformar, Distribuir e Coletar informações, em todas as etapas há oportunidades de reduzir custos, otimizar processos, aumentar a qualidade e gerar valor para toda a cadeia.
Por muito tempo os elos da Cadeia de Suprimentos foram individualizados e focados apenas em seu próprio negocio, muitas vezes tomando suas decisões sozinhos sem pensar nas demais partes envolvidas.
Exemplos que vivi na pratica:
Trabalhei em fabrica que produzia sem se preocupar se havia espaço para armazenar o Produto Acabado.
Trabalhei em Centro de Distribuição que puxava produtos da Fabrica que a área Comercial não conseguia vender.
– Presenciei Comprador negociar desconto com fornecedor e comprar estoque para um ano, porem com prozo de validade de 6 meses.
– Trabalhei em Centro de Distribuição onde a área Comercial vendia produtos que não tinham no estoque e nem estavam em linha de produção.
– Vi empresa perder cliente porque o sistema errou na impressão dos boletos, o faturamento abriu chamado para a área de TI (interna da empresa), haviam outros chamados não tão urgentes, porem o prozo de atendimento era de 3 dias uteis e o “Rapaz da TI” disse que tinha que seguir a fila. A empresa perdeu cliente.
– Já vi PCP errar demanda de matéria prima e parar Fabrica.
– Já vi fabrica que produzia 1 milhão de reais em produto acabado por dia parar, porque o Comprador comprou errado um fusível que custava menos de oitocentos reais.
Pois bem, depois de vivenciar muitos absurdos na cadeia de suprimentos, e algumas situações também inspiradores, fiquei um pouco mais por dentro do negocio e consigo me adiantar em algumas situações.
Hoje na década da Big Data enxergo algumas tendências para o futuro que tendem a diminuir cada vez mais a individualização e aumentar a comunicação entre os elos da Cadeia de Suprimentos:
1. Operações Focadas no Cliente, responsivas.
Com a crescente demanda de produtos individualizados, há uma necessidade de resposta rápida e eficiente as expectativas dos clientes.
Sendo necessário otimizar todos os processos de previsão da oferta e demanda, para garantir agilidade no ciclo dos pedidos.
Imagine como nos Correios, o cliente terá na palma de sua mão a visibilidade das informações de todas as etapas do pedido de seus produtos.
2. Compartilhamento e Gestão do fluxo de informações
Todos os elos da cadeia de suprimentos irão colaborar entre se, e o compartilhamento de informações causará a integração entre compradores, fornecedores, distribuidores, varejistas e clientes, causando melhorias em toda a cadeia.
3. Segurança das informações
Informação é a galinha dos ovos de ouro, porem é preciso prevenir e reduzir os riscos de ataques cibernéticos, então entra em cena a tecnologia do Blockchain, “o protocolo da confiança”.
4. Tudo nas Nuvens
As informações ficarão na Nuvem, o que possibilitará que quando necessário ela esteja disponível para todos os envolvidos, gerando maior valor e visibilidade de toda a cadeia de suprimentos.
5. Internet das coisas (IoT)
Segundo os Cabalista tecnológicos, a internet das coisas conectará 25 bilhões de dispositivos até 2020. Interligando maquinas, sistemas, processos e pessoas de toda a cadeia de suprimentos.
Essa conectividade já começa a ser considerada como a próxima grande evolução da humanidade.
6. Maquinas Autônomas.
Os avanços tecnológicos possibilitam a experimentação de novos modelos de operações onde o ser humano é será apenas um coadjuvante:
- Veículos autônomos, como ônibus, caminhão, motos e carros autodirigidos sem motorista.
- Entregas por drones controlados remotamente por humanos ou totalmente autônomos.
- Automação de linhas de montagem e operações de armazéns.
- Impressoras 3D para plástico, Metal, comida, tecidos e etc.
Eu vi a Televisão preta e branca, o celular tijolão, paquerei pelo Messenger, fiz grupos no Orkut, tirei onda na escola com um Motorola V3.
Vi garotos procurando Pokémon pelas ruas com Smartphone, agora estou vendo as pessoas imprimindo comida em casa e carros se locomoverem sozinhos.
Acredito que ainda vá surgir muitas outras tecnologias e tendências, mas enquanto profissionais de logística, o importante é estarmos atentos ao futuro que chega sem pedir licença.